Análise Setorial
Tudo o que você precisa saber sobre o mercado de vestuário:
A análise setorial é definida como “o processo de levantamento e análise de informações que ajuda a entender determinado setor e sua atratividade, ou seja, quais são as chances de sucesso nesse ambiente, auxiliando na tomada de decisão. Além do contexto econômico, a análise setorial também abrange a concorrência, suas estratégias e tendências do setor. Assim, é possível analisar tanto os riscos como as oportunidades que ele apresenta”, de acordo com o site momentodomarketing.
Serão apresentados, a seguir, alguns dados quanto ao mercado de vestuário feminino, com foco na região de Pernambuco. Para entrar em qualquer tipo de negócio ou investimento, é necessário analisar como o mercado está respondendo a aquela segmentação para, assim, identificar a viabilidade da ideia de negócio ou investimento e, principalmente, para traçar bons planos de ação.
Logo, quanto ao setor de varejo, o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) apontou um crescimento das vendas em 3,2% em Janeiro de 2018, na comparação anual, sendo o maior resultado para o mês desde janeiro de 2014, cujo crescimento foi de 6,4%. Já uma análise da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), juntamente com a Segs, apontou para projeções bastante positivas quanto ao crescimento do varejo.
Segundo a SBVC, o varejo de moda pode superar R$ 200 bilhões de faturamento. Quanto ao volume, segundo a Segs, o segmento deve crescer 6,1% e, pela análise da SBVC, 6,3%, uma diferença ínfima que confirma as perspectivas positivas para o setor.
A oportunidade que o e-commerce propicia:
Segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o e-commerce de varejo, em geral, apresentou crescimento de 12% comparado ao ano anterior e obteve um faturamento de R$59,9 bilhões. Ainda, é possível salientar, de acordo com a análise, que o Google se caracteriza como principal motivador de compras online, com 52% dos pedidos originados dele.
(Além disso, é importante salientar que 90% das pessoas pesquisam somente até a primeira página do Google). As projeções apontam para uma consolidação de vendas via celular, com expectativa de 33% para 2018, contra 28% alcançados em 2017.
Também, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) de Pernambuco mostrou uma forte variação mensal negativa em junho de 2018, influenciado principalmente pela greve dos caminhoneiros realizada no final de maio. O indicador recuou -10,6%. Já o Índice de Consumo das Famílias (ICF) Pernambucanas mostrou variação mensal positiva em junho, mas ainda se encontra na zona negativa, com o índice mostrando alta de 7,7% e 14,0%.
Segundo dados da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil), em 2017, o setor cresceu 3,5% em relação à produção de vestuário, com um crescimento esperado para a produção de vestuário com relação a 2017 de 2,5%. O site traz um depoimento de Edmundo Lima, diretor executivo da ABVTEX (Associação Brasileira do Varejo Têxtil), que pontua que “o cenário é mais favorável, a partir do momento em que há maior disponibilidade de crédito; a inflação abaixo do esperado, com aumento no poder de compra do consumidor; e a leve redução do desemprego. Esses fatores somados ajudam a elevar a intenção de compra”.
Além disso, Segundo ele (Robson Gonçalves, coordenador de projetos da FGV Projetos), acreditou-se que o impulso do consumo era algo muito pontual, por conta da liberação dos valores das contas inativas do FGTS, entre outros. “Se fosse verdade, estaríamos agora sentindo o arrefecimento e não a sustentação de processo de recuperação.”
Perspectivas positivas para o setor:
O economista afirma que a baixa na taxa de juros causou este efeito, abrindo espaço para uma queda mais rigorosa da taxa de juros e o crédito começou a mover a economia, principalmente o consumo.
A FGV estima que, em 2018, o PIB cresça 2,5%. Este crescimento deve permanecer liderado pelo consumo, que deve ser ainda maior, em torno de 3%. De acordo com o Sebrae, o comércio possui 12,3% de participação no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, sendo que o comércio varejista corresponde a 43% do comércio geral. De acordo com a Pesquisa Anual do Comércio de 2014, a atividade de comércio de tecidos, artigos do vestuário e calçados:
- Gerou R$132 bilhões de receita, o que representa 10,3% do comércio varejista.
- Empregou 17,7% do pessoal que trabalha no comércio varejista, sendo a atividade que mais emprega no setor.
- Era composta por 285,1 mil empresas.
- Ocupou, em média, 5 pessoas por empresa.
- Pagou, em média, 1,4 salário mínimo por trabalhador.
Seguem, abaixo, alguns dos dados encontrados de acordo com o Sebrae sobre o setor:
A tabela acima apresenta o gasto médio mensal registrado em 2014, a proporção do gasto em relação ao salário mínimo da época, e a projeção de gastos em 2016 e 2017, com base nessa proporção.
Impacto das datas comemorativas no calendário:
Todos os dados retirados do SEBRAE.
E que resultados você deve esperar?
- Crescimento de todos os âmbitos do mercado de moda.
- Omnichannel – Experiência em ambos canais.
- 28% do salário restante das mulheres são destinados a roupas novas.
Tendências para o Setor
As gerações Y e Z correspondem a 68,8 milhões de brasileiros que são, em sua maioria, economicamente ativos e consomem moda.
- Geração X: 35 a 49 anos. 43,4 milhões de brasileiros.
- Geração Y: 21 a 34 anos. 48,3 milhões de brasileiros.
- Geração Z: 15 a 20 anos. 20,5 milhões de brasileiros.
A importância do relacionamento:
Atualmente, os consumidores não procuram apenas adquirir algo, mas sim se relacionar com as empresas que buscam, além de vender, entregar um propósito maior e, com isso, construir um mundo melhor. Dando muito mais valor para questões de sustentabilidade, longevidade e modernidade, eles procuram não abandonar o passado, mas sim agrupar o que ele tem de melhor e mixar com o presente.
Como e por que utilizar a Análise Sensorial?
Os sentidos atuam principalmente no subconsciente e, notadamente com as entrevistadas dos questionários qualitativos, não serem de tão fácil percepção no dia a dia. Assim, para um “reclame aqui” não apresentam tanta relevância mas possuem grande peso quando analisada a memória da clientela. Além disso, Segundo Kotler, 95% dos clientes insatisfeitos não reclamam, apenas deixam de comprar, sendo assim, torna-se ainda mais difícil obter um feedback por iniciativa própria das consumidoras. Serão trazidas aqui as formas de mexer com esses 5 sentidos em prol de um bom relacionamento com a consumidora.
Olfato:
Segundo a Universidade Rockefeller, os aromas são fatores de atração e contribuem para o aumento das compras por impulso em até 38%. Essa mesma pesquisa indicou que 35% da memorização vêm do olfato e 5% da visão. Diretora da Croma, empresa especializada em marketing olfativo, Vanice Zanoni (EUA): tempo de permanência nas lojas perfumadas é maior (até 20%) do que nas mesmas lojas sem perfume e o aumento das vendas pode chegar até 18%.
Visão:
A Consultoria Envision Retail Ltd, na Inglaterra, entrevistou 8.000 pessoas e apontou que pelo menos 67% dos consumidores que resolvem utilizar o provador têm maior intenção de compras e que um terço do tempo gasto dentro de uma loja é no provador. Outro dado é da empresa norte americana, Alerttech, que diz que os consumidores que usam o provador são 7 vezes mais propensos a comprar o produto em comparação com aqueles que somente entram na loja.
É importante se atentar ao posicionamento da iluminação, por exemplo, o uso de luz frontal provoca menos reflexo e projeta menos sombras. Essa iluminação também é ligeiramente mais estimulante e faz com que o espaço pareça maior, tornando o provador mais confortável.
Audição:
A Universidade Rutgers, situada nos Estados Unidos afirma que aqueles com maior propensão de comprar por impulso gastaram mais quando havia música ambiente. Por outro lado, teve um efeito reverso no consumidor, que pensa mais antes de comprar, levando-o a gastar menos.
De acordo com essas informações, é importante alinhar esses dados com o novo comportamento do consumidor. Com isso, através do uso dessas tendências, alinhadas ao crescimento do setor, é possível colher bons frutos para o seu negócio.